domingo, 27 de abril de 2014

Coisas que tenho aprendido sobre o amor..



Eu aprendi a amar. Mas não amar da boca para fora, aprendi a amar de verdade, com tudo que o amor tem direito, inclusive com a dor que só o amor é capaz de proporcionar. Descobri que ele não é paciente, pelo menos não o amor que eu aprendi, o meu amor é urgente como quem tem pressa em salvar uma vida. Aprendi que o amor é aceitação, onde a gente tem que aprender a aceitar os defeitos do outro sem querer mudá-lo, sem querer que ele seja diferente, sem querer que ele se adeque aos nossos gostos, sem querer que ele faça apenas o que queremos. Aprendi que o amor não acusa, não joga na cara, não humilha, não menospreza o ser amado, mas cuida dele como fosse o mais importante a ser feito, que enaltece suas qualidade e lembra que seus defeitos podem ser melhorados para se tornarem mais agradáveis. Aprendi que o amor tem uma memória infalível e te faz ficar lembrando até as coisas mais bestas, do jeito de sorrir para cada situação, daquele carinho que te aconchegou por mais simples que fosse, da maneira de mexer no cabelo e do jeito de olhar, aquele olhar que te envolve... Aprendi que o amor faz chorar também, às vezes aquela lágrima que você achava que nunca iria acontecer e sim, escorre quente na face, te fazendo se perguntar o que houve e sem compreender, se calar para que o tempo te dê sabedoria suficiente para passar por cima daquele sofrimento. Aprendi que o amor surpreende, mas que precisa de demonstrações, de algo que mostre ao outro aquilo que você não vai precisar falar, mas que se esforça pra te fazer feliz. Aprendi que o amor não sai de dentro da gente, mesmo que a gente esteja com mágoas guardadas. Ao contrário, parece que ele toma força e somente no outro é capaz de sossegar. Aprendi que o amor às vezes é dizer não, quem ama não pode simplesmente fazer tudo o que o outro quer, ou então vai ser submissão. Mas o amor é um pouco de submissão, de anulação e de possessão também, mas infelizmente, o amor também é ciúme. E ciúme não é desconfiança, mas medo de perder.. E ai a gente perde a pessoa e descobre que todo medo vem acompanhado da segurança que o outro precisa passar, pois o amor, o amor também tem que ser certeza. Assim, o amor não pode ser "eu acho", mas tem que ser "eu quero", o amor não é apenas o querer próprio, é o querer do outro. A quem ama sozinho, dá-se o nome de amor platônico, mas quem ama a dois dá-se o nome de amor, apenas amor. Aprendi que quando a ama junto com alguém, a gente não deixa a pessoa amada, mas a gente se torna um só. Amor é presença, é mãos dadas, é filminho, praia com cerveja, briguinhas, sexo, presentes, fazer carinho, caretas, dar beijo e abraço apertado... O amor, amor é ser eterno namorados. Aprendi agora com o amor, que ele também é tempo, tempo de deixar que cada um se encontre ao seu modo e se um dia, todo esse amor sobreviver a todas essas coisas, seremos amor eterno.


Tamires Correia

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Eu e Ela

Eu gosto de comida apimentada e salgada, ela gosta suave e doce; ela gosta de maquiagem e batom vermelho, eu beijo; eu prefiro escrever, ela prefere ler; eu e ela, música, filmes e cachaças. Ela gosta de estampas, eu gosto liso; eu sou exagerada, ela é dominadora; ela estudiosa, eu desleixada; eu e ela, chocolate, sorvete e pizza. Eu adoro calor, ela o frio; ela vai ser delegada, eu escritora; ela assiste seriados, eu assisto novelas; eu fico na preguiça, ela malha; eu e ela, quarto, cozinha e sala. Ela quer filme de terror, eu quero drama; eu olho de frente, ela de relance; ela parte pra cima, eu estanco; ela briga comigo, eu reclamo; eu e ela, guerra, paz e romance. Ela livros, eu estante; ela me seduz, eu me dano; eu faço graça, ela sorri; ela diz que não, eu digo sim; eu faço carinho, ela vermelha; eu amarelo, ela verde; eu e ela, perfume, preguiça e caretas. Eu touro, ela câncer; ela desconfiada, eu grudinho; eu ciúme, ela brava; ela reclama, eu mordo; eu e ela, yin e yiang.


Tamires Correia