sábado, 23 de janeiro de 2010

Índio quer fazer fumaça...

NICOTINANDO


     Hoje tô me sentindo como se tudo por dentro estivesse prestes a se romper... como pano se esgarçando, como presa por apenas um fio na beira de um penhasco. É assim que estou agora, nesse exato momento. Uma dor no peito, outra no estômago, a ânsiedade seca na boca que clama por um cigarro, enquanto a razão fala mais alto e diz que não! Parar de fumar, talvez seja esse o problema. Normalmente me alimento de nicotina e cansaço, uma dose de combivente e tudo (quase) certo. No corpo que não calo a vontade de ser livre, mas perco a liberdade pelos meus limites, estou a ponto de descobrir em mim, algo que nem lembrava que sentia, algo que nem sei se ainda tenho por mim: amor!
     É talvez essa insensibilidade que me apodrece a alma, que me banha no mar gelado do fundo dos trópicos que me impede de no fundo, mas bem no fundo de mim mesma, eu veja aquilo que adormeceu em meio ao corre corre dos dias, ao barulho desordenado dos carrinhos de cds pirata, em meio a minha displicencia de cuidar de mim, da minha saúde, do meu bem estar.
     Pensei que ser livre era assistir TV até de madrugada, aprender a escrever as palavras com acento e brincar o carnaval de olinda. Pensei mas me enganei... quebrei a minha cara, ralei no chão sujo os cotovelos e os joelhos, e tive que depois de tudo, apanhar muito pra aprender. Eu quero, mas não devo. Eu posso, mas não devo. Eu devo, mas não quero. Eu, Eu, Eu.. Eu não consigo nem falar por mim certas vezes como essa, em que o desespero por besteira deixa os dedos soltos para escreverem o que querem, sem pensar, sem olhar pro teclado procurando as letras.. apenas digitando até sair aquilo que sufoca, aquilo que machuca. Às vezes eles (meus dedos), são maiores até que eu, e falam o que eu queria esconder, mas é aquilo que me dói, a minha fraqueza, que tento não esconder mas que também não mostro, que me deixa deserta de mim mesma.
     Ser forte, e lutar contra tudo que me faça mal.. Talvez, um novo lema. Amanhã é outro dia!!!

Tamires Correia

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Como terminar o namoro no estilo?!!..... kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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FIM DE NAMORO NO ESTILO!!!?!


     Terminei antes que chegasse um ponto em que você pudesse sofrer mais que agora – sim, por que eu sei que vais sofrer mais do que eu – eu normalmente choro no sétimo dia, nada mais. To acostumada a fazer isso, é bem comum pra mim. Eu nunca deixo as coisas chegarem a um ponto em que eu possa me arrepender depois de ter feito – é como me embebedar, quando sinto que estou passando do ponto e posso perder o controle eu paro, se não depois eu vou ter que colocar o dedo na goela pra vomitar tudo, e eu odeio vomitar. Sempre que isso acontece, a ponto de querer botar tudo pra fora, tenho a certeza que minha semana será péssima, que terei ressaca e passarei o dia fatigada. Por isso terminei, dói menos em mim saber que você chorou por mim, do que eu vomitar por você e passar a semana toda mal. Assim, choro apenas no sétimo dia, e choro mais se esse sétimo dia for domingo, porque não terei mais você pra assistir filme, e terei que almoçar sozinha. Terminei também por que você já estava me amando demais, e não sei se gosto me sentir assim, idolatrada por alguém que me conhece tão pouco e acha que sabe tudo sobre mim e fica querendo me canonizar, eu não sou santa, nunca fui santa e nunca serei. Eu solto pum, falo palavrão, fumo sempre e meu suor transpira isso, eu só não tenho piolho e essas outras doencinhas, mas já tive catapora. Terminei por que sempre que a gente brigava você achava bonito dizer que não sabia o que tava fazendo comigo, já que andava brigando quase todos os dias, to dando a você a possibilidade de descobrir porque ficou comigo sem mim, e eu vou estar disposta a ouvir tudo que você tem a dizer, mas quero que fique ciente de que isso não vai me fazer voltar pra você. E penso que eu fui até muito boazinha com você, não te trai, não falei mal de você pra ninguém – apenas pra você mesmo, não quis o seu mal e ainda tem mais, deixei minha família, meus amigos, MEUS sempre MEUS seja o que for te conhecerem, ficarem seus amigos... Praticamente você fez parte da minha família, e você não pode me condenar por isso. Agora, peço que você se acalme, tome essa água com açúcar e vá pra casa, pensar no que te disse e aprender, pra não ir se apaixonando assim por mais ninguém, que isso é muito feio. E se eu tiver boazinha, depois do carnaval, pode ser que eu aceite jantar com você naquele restaurante que você sabe que eu amo.


Beijos,


Tamires Correia

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