terça-feira, 22 de setembro de 2009

Uma Poesia Dedicada A Mim...

Aqui vou postar uma poesia que um grande amigo me dedicou na Coletânia Ladjane Bandeira de Poesia, onde é um dos participantes - com louvor. Um cara que representa para mim um irmão de sangue e alma, um amigo que o tempo se encarregou de me presentear, e me sinto no dever retribuir postando-a aqui.

JOSEMAR FERREIRA, gravem esse nome, um Poeta que o mundo merece conhecer.





A FLOR - A Tamires Correia





Ainda que esquecida

a flor desabrochará!

Revelando a mais pura beleza do que há em vida.


A flor anunciará a primaver,

Filtrará o ar com a doçura de sua fragilidade,


Alimentará o beija-flor faminto

que, por sua vez, retirar-lhe-á todo o néctar.


E, mesmo tendo vida breve,

sua existência será ilimitada
Atravessará séculos, milênios, dimensões...

Debruçando-se tranquila do outro lado do arco-íris,

onde se eterniza todo um reino animal.
Josemar Ferreira


Domar, para sempre amigo,

Obrigada por TUDO!
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Prêmio Manuel Bandeira de Poesia 2005

Com esse Poema ganhei o Prêmio Manuel Bandeira de Poesia em 2005 tendo o seu lançamento na Coletânia "Aprendizes de Poeta", com mediação da Escola Martins Junior.

RETRATO DO SERTÃO

Entre mandacarus e chique-chiques
Na caatinga, sob o sol e a terra seca
Só o vento é a melodia
Com pedregulhos e o Rio Capibaribe
Em barracos, novenas e esperança de chuva
Não sabendo, mas querendo aprender a rezar.
No Sertão, não tem do que se viver... Seca, castigo, fome!
O jeito é de fome viver e morrer.
E na cidade, por entre manguesais e carangueijos...
Outra vida se inicia... A fome é a mesma, é só a morte viva que caminha.
A luta não acaba, tem barreiras, resistências..
Mas há esperança de vida, pois a vida se enfeita
Quando se dá luz a outra vida.
Como Josés, Joãos, Marias e Severinos de Pia.
É difícil defender com palavras
O retrato do sertão.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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TUA ESPERA

Me darei ao teu tempo
Como quem espera um presente,
Com laço de fita e cheiro de novo.
Me darei ao teu tempo
Como quem espera tempo bom,
Seja ele de chuva ou de sol
Com taça de vinho,
Com relógio no pulso
A tua espera, a esperar teu amor.

E quando você chegar,
Te acolher na mansidão dos meus braços,
Te carinhar um cafuné...
E sem pudor nenhum te amar
E te amar quantas vezes for desejado,
Como quem deseja o infinito e o tem.

E se mais tarde, quando menos queira imaginar
Eu possa um dia te ter pela eternidade,
Me darei ao teu tempo,
Como quem vive a te esperar.

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Com esse poema "Tua Espera" ganhei o concurso LiteraPe, que virou a coletânia "Cem Poetas Cem Livros". Comprem o Livro, vale à pena conferir!!

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Para Bienal..

Bom, não sou muito boa com blog, mas aqui vai um poema que fiz para minha apresentação na Bienal do Livro em Recife próximo mês..




A CANETA POÉTICA



Caminhei sobre os versos

D'uma poesia calma

Onde n'ela encontrava

Paz.



Sentei numa palavra sesta

Cochilei numa outra, cama

Me apoiei numa palavra amor

Achando graça numa outra, risos.



Fitei o fim do poema

E voltei pra primeira estrofe

Me agarrei no terceiro verso

E quis morar lá.



E quis ficar lá.

Embolando nas palavras

Vendo as pessoas me lerem

Em tudo que escrevi. (Tamires José Correia)





p,s: Valeu Tio Célio.. rsrs =D

E PARABÉNS.. vai ser papai!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Para o "Amor Líquido" um "Comentário Sólido".



"... (...). Assim, não se pode aprender a amar,
tal como não se pode aprender a morrer." (trecho do livro - "Amor Líquido" de Zygmunt Bauman)


É fato. Diferente do que os poetas falam, o amor não acontece de repente. O amor é luta, é labutar com a própria alma, é não compreender o invisível e ainda assim querê-lo. A vida não é um conto de fadas e amor não se acha nem em príncipes nem em sapos, acha-se o amor em seres VIVOS.

O governo e muito menos os estudiosos conseguirão explicar (uma explicação óbvia de..) como acontece essa história de amor. Conseguirão explicar o que certas substâncias químicas podem causar ao corpo - como sendo estimulantes - mas não o que pode realmente "dar" amor, pro amor não há medicamento nem bula.

Já a morte, diferente do amor, pode-se aprender sim. Como? Doses cavalares de amor matam, e aos poucos. Como se aprende a jogar xadrez também se morre. Aprende-se a morrer como se aprende a matar. Com crueldade, aos pouquinhos, para assistir ao sofrimento, ou mesmo com rapidez, para livrar-se do sofrimento - para não hesitar se se deve ou não matar/morrer.
A morte é simples, o amor não. Com o amor caí-se em desespero e fica sequelas, com a morte o sentimento passa e as lembranças viram esquecimento.

Amor é a-MOR-te. E a morte é o avesso da vida.  (Tamires José Correia)