sábado, 24 de setembro de 2016

Na intimidade

Pequeno Segredo

Quando o amor é grande, o medo parece devastador. O amor pra mim é simples, carece do colo da pessoa amada, do calor, do ciúme, do diálogo,  do sexo no sofá. Não existe amor seguro. Sempre me perguntava: será que vou ser sempre feliz? O tempo se arrastava com o medo. Medo da zona de conforto, de se acomodar e se perder. Medo que os planos virassem sonhos e jamais se realizassem. Medo que a saudade ocupasse o lugar do amor e depois não soubesse mais qual era qual. E que as horas nunca virassem rotina. E tenho por rotina a eterna ânsia de acordar ao lado da pessoa que se ama; de tomar banho juntos; de andar de mãos dadas, ou mesmo, fazer coisas fúteis. O amor pra mim era maior que o medo, mas, o medo, era cruel.

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