sexta-feira, 15 de julho de 2011

Indolor



É estranho falar do sentimento ou da pessoa, quando dói. Nos apegamos e nos acostumamos tão fácilmente a tudo que nos convém, ao que desperta nosso desejo, ao que nos provoca inquietude. Quando queremos muito uma coisa, fazemos tudo para que dê certo... Mas dar certo não quer dizer que é certo. Queremos tanto viver o momento intensamente que cobertos, muitas vezes, por uma euforia, por uma excentricidade qualquer, nem percebemos o quão ruim é aquilo que temos nas mãos. Pensar no futuro e não planejar. Viver o presente sem medir consequências... Eu não sei as outras pessoas, mas eu aprendo muito rápido com as coisas.
No entanto, mais estranho ainda é quando não dói e nos percebemos inertes. É depois que tudo passa e a gente descobre que aquele acontecimento ou aquela pessoa conseguiu ser o pior tudo da sua vida. As piores conversas, o pior beijo, o sentimento mais inútil que você poderia ter sentido um dia e sentiu. E olhar para trás, ver que passou e superar essas inconsequência, de repente você se descobre novo e vitorioso por ter sobrevivido a essa tragédia. E que não ficou feridas, só cicatrizes superficiais.

Nem luto, nem tristeza, nem remorso... Coisas tão banais, sem demais invasões. Ser alguém de verdade requer espontaneidade, verdade nos olhos, doação. Mas nunca devemos exigir de uma pesssoa aquilo que ela não conhece, acho que por nunca ter recebido e só ouvido falar. Já dizia Gilberto Gil, "Não exija do poeta conteúdo!".

Sem mais..



Tamires Correia

3 comentários:

  1. Achei o teu blog por causa da história que comentei nesse teu post: http://sentimentoliquido.blogspot.com/2009_11_01_archive.html
    Depois acabei lendo mais coisas... tu escreve bem!
    (:

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  2. Acho que mandei o link errado! Mas, em todo caso, é o post com o poema ADOLESCENTES, de 23 de novembro de 2009

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  3. Obrigada Nathália Harth... fico lisonjeada por suas palavras!

    =D

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