domingo, 6 de novembro de 2011

Tempo, ouve o que te digo...

Foto: Eu

Sabe aquele estado de extremo? Aquela necessidade exagerada? Aquele frenesi? Pois é, tem coisas na vida que temos que exagerar, ir aos extremos para que seja o mais intenso possível. Eu acho que nunca soube o que seria tomar a vida em doses homeopática, tudo que fiz foi em doses cavalares, pra matar mesmo. Até quando se trata de parar para descansar entro num estado de inércia tão absurdo, que quem vê pode até jurar de pés juntos que eu encontrei enfim o meu nirvana! E essa intolerância, de não suportar a vida como apenas um filme dos anos 30 faz eu querer me afogar nesse universo chamado vida, sentindo vontade de abraçar o mundo com as pernas achando de verdade que é possível se fazer o possível. Tolice a minha. Só se é capaz de fazer mesmo o impossível, lutando por aquilo que ninguém luta, porque não tem muita graça em amar quem nos ama, tem??? 
Agora, 23 anos depois percebo que, mesmo sem a chegada dos fios prateados nos meus cabelos encaracolados, tenho envelhecido muito com tanta vida Tenho hoje um rosto mais acabado pelas ações do tempo do que na flor da minha juventude dos 15 aninhos. É uma sensação estranha de caminhar, caminhar, caminhar e nunca se saber aonde se vai. Fico pensando no infinito... Às vezes, penso nele apenas como palavra, essas coisas que se escreve sem entender bem o significado. Às vezes, penso nele como ação, como gesto, como tempo, chamego, dor, amasso... Penso essas coisas também, no infinito. E não vou mentir, penso infinito como findo. Sem reticências, nem vírgulas, sem acentos ou hifens (tipo, IN-FINITO). 
Agora a vida tem dessas histórias de palavras soltas e o intenso que não se sabe se infinito ou findo, fica ora esperando ora buscando o destino chegar.

E fico, vivendo e morrendo enquanto a vida não decide o que vai querer de mim!


Tamires Correia

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