terça-feira, 22 de setembro de 2009

Prêmio Manuel Bandeira de Poesia 2005

Com esse Poema ganhei o Prêmio Manuel Bandeira de Poesia em 2005 tendo o seu lançamento na Coletânia "Aprendizes de Poeta", com mediação da Escola Martins Junior.

RETRATO DO SERTÃO

Entre mandacarus e chique-chiques
Na caatinga, sob o sol e a terra seca
Só o vento é a melodia
Com pedregulhos e o Rio Capibaribe
Em barracos, novenas e esperança de chuva
Não sabendo, mas querendo aprender a rezar.
No Sertão, não tem do que se viver... Seca, castigo, fome!
O jeito é de fome viver e morrer.
E na cidade, por entre manguesais e carangueijos...
Outra vida se inicia... A fome é a mesma, é só a morte viva que caminha.
A luta não acaba, tem barreiras, resistências..
Mas há esperança de vida, pois a vida se enfeita
Quando se dá luz a outra vida.
Como Josés, Joãos, Marias e Severinos de Pia.
É difícil defender com palavras
O retrato do sertão.

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